Sinopse
Em Homens imprudentemente poéticos, Valter Hugo Mãe apresenta os personagens Itaro, o artesão, e Saburo, o oleiro, vizinhos e inimigos num Japão antigo, onde a morte e a ausência de amor servem de pano de fundo para a linguagem lírica do autor que, com sua linguagem única, tornou-se a grande voz da literatura portuguesa contemporânea.
Acalmara, mas sabia bem que a felicidade se compunha da soma de muita tristeza também
Minhas impressões
No meu primeiro contato com o escritor Valter Hugo Mãe, me surpreendi com a delicadeza e suavidade com que trata de um tema tão denso: a morte.
Homens Imprudentemente Poéticos é um livro para ler com calma, refletindo sobre cada palavra, como em uma meditação, tão cara ao universo em que ele se passa, o Japão, mais especificamente em um povoado aos pés de Aokigahara, a floresta dos suicidas.
Enquanto lia, lembrei-me de uma pequena nota que escrevi em 2016 sobre o “guardião do penhasco”, um ex-detetive japonês que, na época, já havia evitado que mais de 500 pessoas cometessem suicídio em Tōjinbō e que foi o protagonista do documentário Gatekeeper. Para quem não conhece essa história, vale muito a pena assistir após ler o livro.
Talvez, ainda que belas, algumas flores fossem tristes