Depois de ler O homem vazio, de Thiago Lee, impossível não se perguntar em que realidade estamos vivendo.
O livro narra a história de Otto e sua irmã, Nana, em uma descoberta pela São Paulo de um universo paralelo. Cheia de referências à cidade e a teorias sobre multiuniversos, o livro é de leitura fácil, apesar de se perder em um ou outro conceito meio batido e na falta de uma revisão mais acurada.
Para quem, como eu, gosta de ficção científica, o livro cai como uma luva. E saber que é de um autor nacional dá um gostinho a mais.
O que chamou minha atenção foi a aura de nostalgia em torno da cidade e do que ela poderia ter se tornado. Quem já rodou pelas ruas de São Paulo com certeza vai gostar.
O fim não surpreende, mas eu não esperava nada de fantástico no final, porque a caminhada junto com Otto e sua turma já tinha valido a pena.
Cada um tem sua parcela de culpa. Cabe a nós não deixar que ela nos acompanhe feito uma sombra
Sinopse
Otto está desaparecendo, e ele sabe disso.
Tímido e solitário, Otto divide seu tempo entre o trabalho, o trânsito infernal e os hospitais, que visita frequentemente com a mãe enferma. Em meio a uma onda de sumiços na cidade, ele descobre a São Paulo do Lado de Lá, uma realidade paralela que engole cada um dos desaparecidos.
E ele pode ser o próximo.
Uma a uma, as pessoas na vida de Otto começam a esquecer que ele existe: conhecidos, colegas de trabalho, familiares. É quando ele é visitado por um rapaz idêntico a ele — um duplo — que vive na São Paulo do Lado de Lá. Os dois, então, precisarão da ajuda de Ana, irmã que Otto não vê há anos, para impedir que os sumiços continuem.